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Quase um ano sem celulares: mais presença, menos estresse e muitos aprendizados

  • Foto do escritor: Luzi Telles - Diretora
    Luzi Telles - Diretora
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura

Teen Space - Escola Projeto / Lápis de Cor - Curitiba
Teen Space - Escola Projeto / Lápis de Cor - Curitiba

Quando anunciamos a proposta de um ano letivo sem o uso de celulares na rotina escolar, a reação inicial foi de desconfiança – especialmente entre os alunos do Ensino Fundamental II. Afinal, em um mundo tão conectado, a ideia de ficar sem o celular parecia, para muitos, um verdadeiro desafio. Mas o que parecia difícil no começo se transformou em uma das experiências mais transformadoras que já vivemos na escola.


Ao longo dos meses, notamos mudanças significativas: nossos alunos passaram a interagir mais entre si, aproveitar melhor os momentos de convivência e demonstraram estar muito menos estressados. Os espaços se encheram de conversas, risos e brincadeiras – cenas que, por vezes, estavam sendo substituídas por telas silenciosas. A ausência do celular revelou algo importante: os adolescentes querem, sim, estar presentes. Só precisam de um ambiente que estimule isso.


Para apoiar essa transição, criamos o Teen Space, um espaço pensado especialmente para os alunos do Fundamental II, com área de jogos como ping pong, pebolim, futebol de botão, mesas de xadrex, de jogos de tabuleiros e cartas como UNO e Mico, além de livros, área de estudo, arte e área de descanso. Um ambiente acolhedor e criativo onde eles podem relaxar, se expressar e construir relações mais significativas. Essa ação, entre outras iniciativas, ajudou a tornar o cotidiano mais leve, promovendo bem-estar e fortalecimento dos laços afetivos.


Estudos mostram que o uso excessivo de celulares pode aumentar sintomas de ansiedade, estresse e prejudicar o sono e a concentração de crianças e adolescentes. Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) indicou que o tempo de tela excessivo está ligado a maiores índices de problemas emocionais e comportamentais. Ao tirarmos o celular da equação durante o tempo escolar, estamos cuidando não só do aprendizado, mas também da saúde emocional de nossos estudantes.


Estamos quase encerrando este primeiro ano sem celulares com a certeza de que estamos no caminho certo. Mais do que uma regra, essa foi uma escolha pedagógica e afetiva, alinhada com os valores da nossa escola: educação com afeto, natureza, bilinguismo, inovação e alegria. Seguimos aprendendo juntos – com menos distrações, mais presença e muito mais conexão. Daquelas que importam de verdade.


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